segunda-feira, junho 27, 2005

Apelo ao regícidio democrático dos tiranos partidários

Lia eu hoje o Diário de Notícias e eis que me deparo com o título de um artigo de opinião que cito:

"Onde está o PSD?"

Boa pergunta, há milhares de portugueses portadores de determinado cartão laranja que se perguntam o mesmo, fora outros que embora não-portadores de cartão olham agora para o PSD como a única força política capaz de enfrentar a fúria espingardeira do PS.

Faço por isso um apelo á compreensão de todos para o momento complicado que a liderança do PSD atravessa, debatendo-se com a impossibilidade de nomear candidatos autárquicos da sua facção devido ao bom trabalho daqueles que agora se recanditam,vendo as suas propostas para vereadores chumbadas pelos mesmos, tentando por isso usurpar câmaras mediante ameaças de expulsão, coacção e campanha suja.

E enquanto isto dura o país definha em busca de uma solução para a "ameaça socialista".
Só espero que os processos de expulsão lhes dêem muito trabalho a fazer, que os seus boys não lhes dêem descanso dia e noite a pedir tachos e que o verdadeiro PSD renasça após as autárquicas.

Falo do PSD de gente boa e interessada, com vontade de ser solução de futuro para Portugal, com garra e ideias novas para o país.
Tenho orgulho no meu Partido, revejo-me nos seus ideais, mas rejeito esta liderança "régia" e repressiva, que atropela os estatutos e as pessoas, que é muda na Assembleia mas vocifera a sua imposição de autoridade interna, que ignora a voz das bases e se indigna com a sua insubmissão!

Ver-vos-ei (a todos) corridos nas urnas das secções, e exultarei!

Caramelo amargo

Por vezes esta efémera vida prega-nos com cada partida, que por vezes me pergunto quanto espaço há ainda no meu coração com tanto vazio que se vai acumulando.

Que o amanhã seja melhor que hoje...

quarta-feira, junho 22, 2005

O despertar ressacado do Presidente

O Presidente da República deve ter lido o meu blog nas últimas semanas (passo a falta de humildade e a sobrevalorização das minhas ideias e retórica) e finalmente realizou um facto perturbante.

Nos seus 2 mandatos o País teve uma evolução negativa e o Ilustríssimo não se apercebeu.
Dá gosto ver os P.R.´s a fazerem ondas no fim do mandato, tentando recuperar o tempo perdido e chamar a atenção da opinião pública quando já nada pode fazer, já que aqueles que podia importunar só têm que ignorá-lo até ao fim do mandato.

A bem da verdade, o PR até não se portou mal nestes 10 anos, salvo excepções como não ter convocado eleições no verão passado quando Durão Barroso foi para a Comissão Europeia.

O país precisa de um novo modelo de PR., alguém descomprometido e sério, com uma forte personalidade e sentido de liderança, que seja o monge, não se limitando a vestir o hábito.

Para mim, um Presidente da República deve ser o exemplo a seguir e não o exemplo do que há,sob pena de sermos realmente pequenos, já basta pensarmos que o somos...

segunda-feira, junho 20, 2005

Ensino segundo a Formiga Z

Parabéns aos Exames Nacionais no 9º ano!

Esta data deveria ser celebrada, não porque vai resolver o problema da Educação, mas vai sobretudo abrir os olhos da sociedade para os principais problemas do ensino em Portugal, a nível material, recursos humanos e legislação.

Que o ensino pré-secundário peca por falta de exigência e organização de conteúdos programáticos é algo que se sabe mas ninguém quer mudar.
Que chumbar um aluno antes do secundário é um dos processos mais intrincados, demorados e penalizadores para um professor também é verdade.
Que a falta de estabilidade e motivação dos professores se transmite aos alunos, e que as associações de pais são inoperantes, também é verdade.

Ao contrário da maioria, vou ficar contente ao observar a média de chumbos nos exames do 9º ano. É bom para reflectir-mos sobre várias coisas que têm de mudar:

- A burocracia e pressão dos directores regionais de educação sobre os professores na hora de chumbar um aluno.

- A exigência nas aulas, testes e conteúdos, pois o progresso não existe com facilitismos.

-Criação de uma disciplina de Informação e Debate, que desperte a liberdade criativa e o gosto pela pesquisa e troca de ideias, com temas adequados á faixa etária.

-Investimento nas infra-estruturas.

São apenas algumas das muitas ideias que me surgem quando penso neste tema.
Já se perguntaram porque os estudantes universitários e do secundário não participam nas aulas? Não têm opinião nem interesse sobre temas da sociedade?
Entre outras razões, uma é o ensino virado para a mudez e embrutecimento, o aluno é tratado como um CD-R, recebe informação, nem sempre consegue reproduzi-la e é incapaz de criar seja o que for sozinho, a partir do que aprendeu.

Já nos perguntámos porque é que os alunos são especialistas a empatar os "profs" nos primeiros e últimos 10 minutos de cada aula?
Porque ninguém aguenta fácilmente 60 minutos de ditado de conteúdos que são absorvidos de uma forma dogmática e desinteressante. No fundo, estamosa entregar instrumentos aos jovens mas não os ensinamos ou damos espaços para que os utilizem.

Temos as ferramentas mas falta imaginação, iniciativa e vontade para nos servirmos delas...

quarta-feira, junho 15, 2005

De um Cunhal fizeram Sebastião...

Já lá vai o tempo em que as paredes
Coagiam, e assim mudavam os votos
Do povo livre de se acorrentar...
Belos tempos em que nas paredes
Se liam, em cores de amedrontar,
Palavras de ordem como
"Antes vermelhos que mortos"...

Decididamente tenho mais veia poética para o amor e a tristeza do que para lembrar
raivosamente àqueles pseudo-filósofos de neurónios eunucos e sem chama de que A. Cunhal pouco mais merece dos portugueses do que um poema rasco no cair do pano.

Eu não vivi o 25 de Abril, só sei o que os livros e os documentários e as paredes me ensinaram, mas ao longo do meu percurso no ensino senti sempre uma atracção pelo estudo dos extremismos religiosos, políticos e afins, atracção que ia aumentando à medida que se formava em mim uma consciência do meu posicionamento político e ideológico.

Não me dediquei por fascício mas por temor, porque tenho de conhecer o meu inimigo, ler o Mein Kampf do Hitler e o Livro Vermelho do Mao, perceber o que leva os indivíduos ao delírio totalitarista e homicida, e respirar de alívio por não ter nascido num Portugal assim. E desprezar e cuspir naqueles que outrora ousaram desejar um futuro semelhante para o páis que eu amo.

É por isso com uma raiva que não me deixou dormir que brado aos Céus furioso com a capacidade de certos indivíduos de fazer Cunhal um novo Sebastião. Que não se deseje este tanto como o outro pois este é daqueles que volta....
Olhem que sim...

quarta-feira, junho 08, 2005

Mas afinal quem Governa este País?

Sinceramente...

Mas afinal quem é que governa este país?

1-Jorge Coelho?

2- António Vitorino?

3-João Salgueiro?

4-José Socrates?

-Tendo em conta que nas últimas semanas as declarações de JC têm precedido as medidas do Governo, poderíamos pensar que seria este quem traçava o rumo.

Mas é com supresa que sou confrontado com o desmentido das declarações de JC pelo JSalgueiro, no que se refere à vontade expressa por JC em obrigar a banca a contribuir mais para os cofres fiscais.

Mas afinal quem este JSalgueiro pensa que é para minimizar certas declarações como "palavras de circunstância" e ameaçar com aumento de taxas de juro sobre os cidadãos caso essa infeliz ideia fosse para a frente? pior ainda que o conteúdo foi o tom ameaçador das declarações como se "quem se mete com a banca, leva"!

A meu ver há 3 coisas urgentes a fazer no país:

1- Acabar com as SCUT, mas só depois das autárquicas (o PS seria um melhor partido de Governo se não tivesse de disputar eleições).

2- Aumentar os impostos sobre a banca para 10 ou 12 %, e acabar com os lucros aprovisionados para cobrir empréstimos aos cidadãos, a melhor maneira de fugir ao IRC

3-Arranjar meios aéreos para o combate aos incêndios. Para quem se gabou o mês passado numa inauguração que o Plano Nacional de Combate aos Incêndios tinha entrado em funcionamento um mês antes do normal, pelos vistos ficámos com o plano mas sem os meios...

sexta-feira, junho 03, 2005

Agora até digo SIM!

Está na hora dos pequenos darem o golpe no super-estado do Giscard D´Estaing, Chirac, Shroeder e puppets!!
Toca a aproveitar um Tratadoo de Nice feito para 15 e agora a funcionar a 25, unir os pequenos e dizer sim.

E porquê?
1-Já que o "Tratado Constitucional" vai ter de ser todo renegociado, não custa nada dizer-lhe que sim, fazermos o papel de meninos bem comportados e europeístas, a ver se os nossos parceiros esquecem o déficit .

2- Literalmente "engonhar-mos" ( adoro esta expressão, define-nos tão bem) todo o processo de renegociação e culparmos os 6 grandes pelo descrédito que os referendos estão a causar á imagem da Europa.

3- A seguir ao Dr. Barroso eleger outro representante dos "pequenos", e assim a vida continua por uns bons 10 anos em que líderes de países que outrora se arrogaram a falar em nome da Europa fiquem bem aconchegados nos sofás dos seus "reais palácios" a chuchar no Real Dedo.

Porquê todo este trabalho?
Porque a Europa ganhou vida própria, ela tem futuro,não é dos políticos mas sim dos cidadãos!
Porque já que se substituiu o "C" pelo "U", que se faça algo verdadeiramente equilibrado, justo e consensual...